Mário Quintana (acabei de assistir num antigo documentário na TVE) falava que não se faz poesia social, não há poeta social (no bom sentido). As classes desfavorecidas, segundo ele, já são exploradas financeiramente, para que explorá-las literariamente?
Não querendo contraponteá-lo (e já o fazendo), cito Navio negreiro e Morte e vida severina, de Castro Alves e João Cabral de Melo Neto, respectivamente.
Independentemente de classe social, o homem é cada vez menos um ser poético. Não como sujeito (capaz de produzir), mas objeto (capaz de inspirar). No máximo, ainda se faz merecedor de uma referência prosaica.
À exceção dele (o homem), tudo mais se oferece como motivo de poesia. Abaixo, dou o exemplo dos pessegueiros em flor.
(Mais abaixo), vejam no que deu minha tentativa de escrever um poema social.
À exceção dele (o homem), tudo mais se oferece como motivo de poesia. Abaixo, dou o exemplo dos pessegueiros em flor.
(Mais abaixo), vejam no que deu minha tentativa de escrever um poema social.
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