terça-feira, 26 de julho de 2011

BOLA PARA LONGE

O Brasil não aprende com a história e volta a cometer os mesmo erros. Para a Copa do Mundo de 1950, o Maracanã não estava pronto: havia andaimes, montes de cimento, grades soltas (conforme o publicado numa reportagem da última VEJA). O estádio ficaria pronto dez anos mais tarde. Naquela época, o futebol jogado dentro de campo era o mais importante; o esporte pelo esporte. A revista publica pela segunda vez sobre o atraso das obras para a Copa de 2014. Independentemente dessas publicações, (a)postei em meu blog que estádios não ficarão prontos a tempo. Será um vexame do qual nunca mais o país se recuperará, agravando sua má fama já adquirida com o tráfico de drogas, prostituição de menor, corrupção, violência, entre outros aspectos negativos em que somos campeões. Quanto ao futebol, em 1950, a nação vivia a perspectiva da emergência, da ascensão, da glória que alcançaria oito anos mais tarde, na Suécia. Hoje a seleção vive a decadência, que, inexorável e definitivamente, perdeu o favoritismo que ostentou ao longo de quatro décadas. A última Copa do Mundo e, mais recentemente, a Copa América provam que não há exagero em minha avaliação. Ainda não caiu a ficha do senso comum, da maioria dos meus compatriotas, porque um bode expiatório é oferecido para o sacrifício: o técnico. Assim foi com o Dunga. Assim será com o Mano Menezes. A propósito, isso virou estratégia para a sobrevivência dos clubes. Em 2014, insisto, não teremos uma melhor seleção, cuja referência é a que foi incapaz de passar pelo Paraguai (goleado pelo Uruguai). A condição de anfitriã não pesará como fator decisivo. Uma nova frustração calará mais fundo na alma dos brasileiros, porque desta vez ela virá ao crepúsculo (quando o sol da glória, do orgulho, feito uma bola, será chutado para longe). Na próxima Copa, insisto, estádios não estarão prontos, a exemplo do Maracanã de 1950.  

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