............................quando chega,
é violenta
e "mal-educada".
........................... Não se anuncia
e nem pede licença.
.
........................... A qualquer hora
............. consome
............................uma presença
e vai embora.
.
A tal da morte
............................quando chega,
esculhamba
..................... e estilhaça
...................................... todas as estruturas.
.
É atômica,
.................despedaça
..................................... o bloco mais sólido,
mais espesso,
............................ e desata qualquer nó.
.
A tal da morte
............................quando chega,
...........................................deixa,
em seu rastro,
...........................um buraco de saudades,
e..............................
..........................um pouco adiante
um punhado de pó.
.
Lá se vai
..........................mais uma alma.
.
A dita morte
.........................vagueia,
.....espreita,
..........................dia e noite
....e com muita calma e certeza,
apaga uma voz,
..........................acende a tristeza.
.
A tal da morte
não negocia,
.........................não tem preço,
e não erra de endereço.
.
O poema acima foi escrito por Cácio Machado, publicado na página 92 de seu primeiro livro, Dias de Sol e Vento, em julho de 2008.
Concordo com o poeta que a morte "não erra de endereço", todavia, erra o tempo da visita. Para o próprio Cácio, ela veio demasiadamente cedo.
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