O
telescópio espacial James Webb foi lançado no dia 25 de dezembro de 2021, para
substituir Hubble, seu congênere anterior. A nova tecnologia foi desenvolvida
pela NASA, Agência Espacial Europeia e Agência Espacial Canadense. Os objetivos
principais de JW são captar a radiação infravermelha resultante do Universo
muito jovem e observar a formação de galáxias e estrelas.
Para entender
o primeiro objetivo é necessário aludir a Arno Penzias e Robert Wilson. Em
1965, esses dois cientistas descobriram uma radiação cósmica de fundo em
micro-ondas, emitida pelo Universo em expansão acelerada logo após o Big Bang. Noutras palavras, essa
radiação é resíduo ainda existente (e captável) da “grande explosão”, geradora
de muita luz e calor. Por essa descoberta, Penzias e Wilson foram laureados com
o Nobel de Física em 1978.
Para
entender o segundo objetivo, a observação de estrelas e galáxias bebês, é
necessário conhecimento prévio da relação entre espaço e tempo: quanto mais
distante no espaço (o novo telescópio consegue alcançar), mais distante no
tempo. A luz apresenta uma velocidade de 300.000 km/s. O Sol que observamos
neste exato instante é o Sol de 8 minutos atrás. Sírius, a estrela mais
brilhante do céu noturno (a olho nu), há 8,57 anos não se encontra mais lá onde
é observada. O JW será capaz de fotografar estrelas e galáxias a bilhões de
anos-luz, quando esses corpos celestes emergiam do caos primordial.
A Via
Láctea, a galáxia em que habitamos, tem um diâmetro de 100.000 luz. O Sistema
Solar se localiza a 27.000 anos-luz do centro galáctico, na borda de um dos
braços espiralados (a faixa de estrelas que atravessa o céu em noites limpas).
O Universo tem bilhões de galáxias, maiores e menores que a Via Láctea. O
telescópio James Webb buscará as galáxias mais distantes (no espaço e no
tempo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário