terça-feira, 1 de março de 2022

JAMES WEBB - O NOVO TELESCÓPIO

 

O telescópio espacial James Webb foi lançado no dia 25 de dezembro de 2021, para substituir Hubble, seu congênere anterior. A nova tecnologia foi desenvolvida pela NASA, Agência Espacial Europeia e Agência Espacial Canadense. Os objetivos principais de JW são captar a radiação infravermelha resultante do Universo muito jovem e observar a formação de galáxias e estrelas.

Para entender o primeiro objetivo é necessário aludir a Arno Penzias e Robert Wilson. Em 1965, esses dois cientistas descobriram uma radiação cósmica de fundo em micro-ondas, emitida pelo Universo em expansão acelerada logo após o Big Bang. Noutras palavras, essa radiação é resíduo ainda existente (e captável) da “grande explosão”, geradora de muita luz e calor. Por essa descoberta, Penzias e Wilson foram laureados com o Nobel de Física em 1978.

Para entender o segundo objetivo, a observação de estrelas e galáxias bebês, é necessário conhecimento prévio da relação entre espaço e tempo: quanto mais distante no espaço (o novo telescópio consegue alcançar), mais distante no tempo. A luz apresenta uma velocidade de 300.000 km/s. O Sol que observamos neste exato instante é o Sol de 8 minutos atrás. Sírius, a estrela mais brilhante do céu noturno (a olho nu), há 8,57 anos não se encontra mais lá onde é observada. O JW será capaz de fotografar estrelas e galáxias a bilhões de anos-luz, quando esses corpos celestes emergiam do caos primordial.

A Via Láctea, a galáxia em que habitamos, tem um diâmetro de 100.000 luz. O Sistema Solar se localiza a 27.000 anos-luz do centro galáctico, na borda de um dos braços espiralados (a faixa de estrelas que atravessa o céu em noites limpas). O Universo tem bilhões de galáxias, maiores e menores que a Via Láctea. O telescópio James Webb buscará as galáxias mais distantes (no espaço e no tempo).

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