O
termo “empreendedorismo” significa, stricto sensu, o processo de iniciativa
empresarial nos diversos setores da economia. Num mundo dominado pela técnica e
pelo mercado, faz muito sentido a figura do empreendedor.
   O problema não é a definição do que
seja empreendedor, empreendedorismo (conhecimento generalizado), todavia, as
dificuldades que se interpõem entre o projeto empreendido e a sua realização
concreta. Isso é expresso na proposta de Cléber Prigol.
         Ante a constatação empírica dos óbices
por ele enfrentados, meu interlocutor queixa-se da quase impossibilidade de
empreender no Brasil. Não encontro palavras para minimizar seu desencanto, pelo
contrário, tenho a dizer-lhe coisas pouco agradáveis.
         Todo empreendimento, com algumas
exceções, como no agronegócio e na construção civil, sofre absurdamente com a
pandemia – fator que ultrapassa os entraves criados por uma política econômica
incerta. Tais entraves preexistiam à COVID, determinados por uma crise não
reconhecida, malgrado de espectro global. 
         Ao contrário do agro e da construção
(com financiamentos retornáveis), setores, como transporte e hotelaria, ficaram
reféns do problema sanitário. 
         Nosso país é incomparavelmente menor
que os Estados Unidos. Não possuímos lastro para injetar trilhões na economia.
Como recuperá-la se ainda persiste a causa maior que provoca sua queda
inexorável?
         O empreendedor necessita destinar sua
vontade mais resiliente num novo projeto. Para elaborá-lo, ele terá tempo de
sobra (numa perspectiva, ora animadora, ora pessimista).   
 
 
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