Quatro
ameaças colocam em xeque a ilusão de permanência humana na Terra – o paraíso
que se perderia finalmente: conflito nuclear, degradação ambiental, pandemia e
queda de um meteoro.
As duas
primeiras denunciam a capacidade de autodestruição do homem, um paradoxo ante a
ilusão referida acima. O fim da Guerra Fria preservou o aparelhamento bélico
dos Estados envolvidos e não inibiu o desenvolvimento contínuo de outras
potências emergentes. Basta uma pequena crise econômica para se retomar os
testes nucleares.
Em relação ao meio ambiente, já é evidente a
entropia prevista pelo discurso ecológico desde o século passado. A
contribuição do homem é enorme no que concerne ao esgotamento crescente dos recursos
naturais, à extinção de outras espécies (terrestres ou marinhas), à emissão de
gases poluentes (responsável pelo aquecimento do planeta), a outros tantos
males aos ecossistemas.
A
terceira desloca a causa de facticidade para outras criaturas, principalmente
bactérias e vírus. Até o tempo presente, Yersinia
Pestis, Vibrio Cholerae, Bacilo de Kock, Influenza, Oethopoxvírus, Morbillivírus,
Ebola, Coronavírus, entre outros apresentaram um poder de letalidade mais
ou menos controlável. A mutação de um desses agentes infecciosos ou o
surgimento de outro ainda mais violento poderão dizimar a humanidade.
A
quarta ameaça, a queda de um meteoro gigantesco, não é menos provável. Há
precedente, como o que ocorreu 65 milhões de anos atrás. Várias espécies de
animais, denominadas genericamente de dinossauros, foram extintas para sempre
do paraíso vital. Esse acaso escatológico para os grandes répteis permitiu o
desenvolvimento dos mamíferos. O homem não sobreviverá às consequências de um
impacto semelhante ao ocorrido no Golfo do México.
O
homem conseguirá reverter as duas ameaças em que ele é o responsável direto ou
indireto? Sua permanência maior neste mundo dependerá (desde agora) de um sim como resposta a essa questão
determinante.
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