terça-feira, 28 de abril de 2020

LIÇÃO AOS TERRAPLANISTAS (IV)


SETE MANEIRAS DE PROVAR 

A REDONDEZ DA TERRA



            Alguns sites lincados ao Google enumeram sete formas ou fatos que provam ser a Terra redonda. Dois deles são muito comuns, malgrado a consistência indubitável de seus experimentos: o eclipse lunar e a observação de um barco sobre o horizonte marinho.
            Antes da prova matemática produzida por Eratóstenes, Aristóteles observara que durante os eclipses lunares, a sombra da Terra na face do satélite é curvada, a persistir curvada durante todo o fenômeno, com o planeta a girar continuamente. Caso a Terra tivesse outra forma, a sombra se modificaria ao longo do eclipse.  
            O segundo fato é observado durante o deslocamento de um barco sobre a linha do horizonte marinho. A embarcação não desaparece em razão da distância, a ficar menor cada vez menor; todavia, desaparece o casco primeiro e depois a vela. No oceano, esse horizonte-limite se repete vezes indefinidas, a provar a curvatura das águas.
            A terceira forma é obtida com o olhar atento para as estrelas, para as constelações. A posição das estrelas se modifica em relação ao Equador, quando observadas de diferentes lugares da Terra. Caso estivesse certo, o terraplanista, as estrelas não mudariam de posição de qualquer ponto de observação. As mudanças observadas só são possíveis em razão da esfericidade do planeta.
            A quarta prova é obtida com a medição da sombra de um palito. Pegue um palito com 30 centímetros de comprimento e coloque-o a 90º no chão, às 10 horas em um dia ensolarado, e meça o comprimento da sombra. O comprimento das sombras será diferente, e com esses valores é possível calcular a circunferência da Terra, como fez Eratóstenes na Grécia Antiga.
            A quinta forma de verificação é a mais simples, que Platão condenaria por se basear num dos sentidos. Quanto mais alto subimos, mais distante vemos a nossa volta. Caso a Terra fosse plana, com o auxílio de binóculos veríamos prédios de outras cidades ou montanhas que estão próximas de nós, todavia, isso não acontece. A esfericidade da Terra nos impede de observar o que está além do horizonte. Em Colônia do Sacramento, em dias claros, é possível divisar os prédios mais altos de Buenos Aires sobre a linha d’água do rio da Prata.
            A sexta maneira consiste em observar a curvatura da Terra de um avião em maiores altitudes. Por mais que atravesse longas distâncias, não há relato de que houve um corte vertical nessa curvatura, que continua sempre curva até completar uma volta no planeta. Este é fotografado das estações espaciais, há muito observado pelos astronautas, que também provam a esfericidade do globo terrestre.
            A última prova é fundamentada numa inferência silogística, que parte da observação dos demais planetas do Sistema Solar, todos esféricos. Esse dado é suficiente como primeira premissa. A segunda dá conta que a Terra pertence ao Sistema Solar, e a conclusão é de que também este planeta tem formato esférico.
            A matéria de um dos sites conclui que em épocas pretéritas, cuja informação era muito difícil de se obter, “é até aceitável que alguém fosse ludibriado com a história da Terra plana”; todavia, com as facilidades que hoje propiciam uma rápida pesquisa, não pode haver dúvida sobre o formato esférico do nosso planeta.

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