A ilustração acima é do Cruzeiro do Sul - a menor e a mais conhecida das constelações. Mesmo aqueles que nasceram e se criaram na cidade, com poucas oportunidades de contemplar o céu estrelado, sabem que essas quatro estrelas representam o Cruzeiro.
Além da nossa Bandeira Nacional, mais quatro países trazem nas suas bandeiras a constelação austral: Austrália, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné e Samoa.
Um detalhe interessante (que poucos brasileiros se aperceberam, talvez por que não sejam dados à contemplação, ou porque não leem): o Cruzeiro do Sul representado em nossa bandeira está invertido, como se visto por um observador colocado além das quatro estrelas.
Isso é um equívoco absurdo!
Por que afirmo isso?
Todo desenho no céu não leva em conta a terceira dimensão, a profundidade. A cruz, nas palavras de Marcelo Gleiser, "não passa de uma ilusão, uma projeção imaginária em um domo celeste que não existe".
Considerando-se a primeira ilustração, as estrelas que compõem a constelação são as seguintes (com a distância em anos-luz entre parênteses): a estrela do alto é uma gigante vermelha de nome RUBÍDEA (88,6); no lado direito, PÁLIDA (345); a pequena é INTROMETIDA, ou EPSILON (230); do lado esquerdo, é MIMOSA (280); e a de baixo, mais próxima do Polo Sul, é ESTRELA DE MAGALHÃES (320).
Se levarmos em consideração a distância em ano-luz, Rubídea deveria ser a menor delas (vistas do outro lado da constelação). Ela é a mais próxima da Terra, a 88,6 anos-luz. A Intrometida estaria muito mais próxima do observador hipotético, portanto não seria a menor (como continua sendo representada no cruzeiro de nossa bandeira.
Todas essas estrelas são muito maiores que o Sol, diga-se de passagem.
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