Meu artigo publicado no Zero Hora, seção de artigos, dia 22 de outubro de 2014.
O imperativo determina que o eleitor deve pensar muito bem antes de escolher um candidato. As opiniões são unânimes em superestimar a importância do eleitor nesta hora, a importância do voto válido, quintessência da democracia e o escambau.
Depois, com o desgoverno dos eleitos, diz-se que a culpa é do eleitor que não votou bem. A sociedade é culpada, como discursou um ex-presidente do Supremo Tribunal Eleitoral.
Os sujeitos desse discurso têm uma ótima oportunidade agora de apontar qual o candidato é o certo.
Desde 1994, os partidos que ora disputam a presidência já governaram o país. Se há algo errado com um e com outro, então a culpa não pode ter sido do eleitor. Se Dilma e Aécio, como mandatários, fizeram coisas erradas, muitas das quais denunciadas nos próprios debates, então, como conta uma história gauchesca, toque a carreta! Adianta pensar muito bem? Há outra opção que não seja as duas?
Dessa forma, o eleitor é obrigado a votar errado, engambelado a achar que sua vontade é o suprassumo do processo democrático, versão laicizada do direito divino dos reis (como escrevi no artigo acima).
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