segunda-feira, 7 de julho de 2014

UMA DESCOBERTA ESPECIAL

Nesta tarde, lendo e escrevendo sobre os exoplanetas, ocorreu-me uma ideia que preciso registrá-la (um meio imediato de requerer sua autoria). Todas as descobertas que o homem realizou ao ampliar seus conhecimentos sobre o Universo, afastaram-no de uma transcendência e de uma imanência, isolando-o num planeta cada vez menor, a Terra. Antes de Copérnico, por exemplo, a Terra era o centro do mundo, em torno dela giravam todos os corpos celestes (Sol, Lua, estrelas...). Com a descoberta de Copérnico (no dizer de Will Durant), "Deus, que estava tão perto de nós, morando no seu sólio de nuvens, afastou-se para o fundo do espaço sem limites". Depois descobriu-se que o sistema solar era diminuto, localizado num extremo espiralado de uma galáxia, cujo modelo se repetia milhões e milhões de vezes num Universo em acelerada expansão. Em seu isolamento crescente, o homem se pergunta: não há possibilidade de vida fora do nosso planeta. No Sistema Solar, não. E fora do nosso sistema solar? Nenhum exoplaneta havia sido descoberto. Mas os astrônomos passaram a detetá-los a partir da década de 1990. Com a tecnologia mais avançada do telescópio, hoje já são milhares de exoplanetas descobertos, alguns muito similares à Terra. A descoberta de exoplanetas é especial, na medida em que devolve ao homem a possibilidade de não estar só no Universo. Isso é extraordinário. Mesmo que não seja vida inteligente, numa forma estranha aos padrões aqui desenvolvidos... Mesmo que a distância seja um obstáculo intransponível, saber que a vida é imanente, universal... 
Resumidamente, a ideia que requeiro é esta: a descoberta de exoplaneta, com a possibilidade de existir vida, reaproxima o homem do cosmos (que voltaria a ter um valor).

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