Nesta tarde, lendo e escrevendo sobre os exoplanetas,
ocorreu-me uma ideia que preciso registrá-la (um meio imediato de requerer sua
autoria). Todas as descobertas que o homem realizou ao ampliar seus
conhecimentos sobre o Universo, afastaram-no de uma transcendência e de uma
imanência, isolando-o num planeta cada vez menor, a Terra. Antes de Copérnico,
por exemplo, a Terra era o centro do mundo, em torno dela giravam todos os
corpos celestes (Sol, Lua, estrelas...). Com a descoberta de Copérnico (no dizer de Will Durant), "Deus,
que estava tão perto de nós, morando no seu sólio de nuvens, afastou-se para o
fundo do espaço sem limites". Depois descobriu-se que o sistema solar era
diminuto, localizado num extremo espiralado de uma galáxia, cujo modelo se
repetia milhões e milhões de vezes num Universo em acelerada expansão. Em seu
isolamento crescente, o homem se pergunta: não há possibilidade de vida fora do
nosso planeta. No Sistema Solar, não. E fora do nosso sistema solar? Nenhum
exoplaneta havia sido descoberto. Mas os astrônomos passaram a detetá-los a
partir da década de 1990. Com a tecnologia mais avançada do telescópio, hoje já
são milhares de exoplanetas descobertos, alguns muito similares à Terra. A
descoberta de exoplanetas é especial, na medida em que devolve ao homem a
possibilidade de não estar só no Universo. Isso é extraordinário. Mesmo que não
seja vida inteligente, numa forma estranha aos padrões aqui desenvolvidos...
Mesmo que a distância seja um obstáculo intransponível, saber que a vida é
imanente, universal...
Resumidamente, a ideia que requeiro é esta: a descoberta de exoplaneta, com a possibilidade de existir vida, reaproxima o homem do cosmos (que voltaria a ter um valor).
Resumidamente, a ideia que requeiro é esta: a descoberta de exoplaneta, com a possibilidade de existir vida, reaproxima o homem do cosmos (que voltaria a ter um valor).
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