quarta-feira, 9 de julho de 2014

MAL DE PALPITE...!

Meus palpites sobre acontecimentos futuros são baseados numa análise racional do presente, diferentemente dos leitores de búzios, cartas, estrelas, pedras e o escambau.
Em julho de 2011, publiquei um texto no Expresso Ilustrado e em meu blog, Bola para longe, em que dissertava pela primeira vez sobre a Copa do Mundo de Futebol de 2014. Nessa oportunidade, escrevi:
"Hoje a seleção brasileira vive a decadência, que, inexorável e definitivamente, perdeu o favoritismo que ostentou ao longo de quatro décadas..."
"A última Copa do Mundo e, mais recentemente, a Copa América provam que não há exagero em minha avaliação..."
"A condição de anfitriã não pesará como fator decisivo. Uma nova frustração calará mais fundo na alma dos brasileiros, porque desta vez ela virá ao crepúsculo (quando o sol da glória, do orgulho, feito uma bola, será chutado para longe)..."
Na previsão imediatamente acima, em tom poético (não tomar por profético), quis adiantar que uma derrota em 2014 seria mais sofrida que a de 1950. Em meados do século XX, o Brasil vivia a perspectiva da ascensão, da primeira vitória, que ocorreria oito anos mais tarde, na Suécia.
A derrota vexatória para a Alemanha ontem, nas semifinais, sela de vez a decadência do futebol brasileiro, não mais no amanhecer de um ciclo histórico desse desporto, senão em seu crepúsculo. Uma longa noite se estenderá à frente, para maior tortura dos insones.

(Essa decadência, diga-se de passagem, sempre tem um bode expiatório: o técnico. Um bode menor, que se criou na Granja Comary este ano: o emocional.)

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