A Copa do Mundo no Brasil não escapou dos extremos melhores
e piores momentos. Já na abertura do
evento, o show do trio excêntrico Cláudia Leitte, Jenifer Lopez e Pitbull pode
ser enquadrado como um dos piores momentos. Em contrapartida, a apresentação do
exoesqueleto produzido pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis seria
espetacular, mas a FIFA permitiu apenas um flash, alguns segundos. Mesmo assim,
o chute dado na bola pelo paraplégico Juliano Pinto coloca-se entre os melhores
momentos. Extrafutebol, outro momento bom (que se repetiu do início ao fim da
Copa) foi a interação de torcedores nos estádios, ruas e Fan Fest. Em se
tratando de festa, o brasileiro sabe protagonizar momentos inesquecíveis – em
companhia de festeiros de outros países. Outro momento alto, de significativa
demonstração de civilidade, foi propiciado pela torcida japonesa, recolhendo o
lixo da Arena das Dunas, Natal, depois do jogo contra a Grécia. Dentro de
campo, como um dos melhores momentos destaca-se o fair play (já assimilado como moral e manifesto como virtude). O
pior momento (com exclusividade para os donos da casa, favoritos, até então,
para conquistar o Hexa), certamente, representou a derrota de 7 a 1 para a
Alemanha. Essa goleada se fixará na memória coletiva brasileira, de uma forma
indelével como o Maracanazo. A
derrota na Final para o Uruguai, em 1950, ocorreu no alvorecer do futebol, quando
havia a perspectiva da ascensão, da primeira grande conquista (que ocorreria
oito anos mais tarde, na Suécia). Desta vez, a derrota acontece no crepúsculo,
quando o sol da glória, do orgulho, feito uma bola, é chutado para longe. Por
derradeiro, um dos belos momentos da Copa, para os alemães e para todos os aficionados
(que superaram o ufanismo patriota), foi o futebol jogado pela seleção campeã.
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