terça-feira, 15 de julho de 2014

MELHORES E PIORES


A Copa do Mundo no Brasil não escapou dos extremos melhores e piores momentos. Já na abertura do evento, o show do trio excêntrico Cláudia Leitte, Jenifer Lopez e Pitbull pode ser enquadrado como um dos piores momentos. Em contrapartida, a apresentação do exoesqueleto produzido pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis seria espetacular, mas a FIFA permitiu apenas um flash, alguns segundos. Mesmo assim, o chute dado na bola pelo paraplégico Juliano Pinto coloca-se entre os melhores momentos. Extrafutebol, outro momento bom (que se repetiu do início ao fim da Copa) foi a interação de torcedores nos estádios, ruas e Fan Fest. Em se tratando de festa, o brasileiro sabe protagonizar momentos inesquecíveis – em companhia de festeiros de outros países. Outro momento alto, de significativa demonstração de civilidade, foi propiciado pela torcida japonesa, recolhendo o lixo da Arena das Dunas, Natal, depois do jogo contra a Grécia. Dentro de campo, como um dos melhores momentos destaca-se o fair play (já assimilado como moral e manifesto como virtude). O pior momento (com exclusividade para os donos da casa, favoritos, até então, para conquistar o Hexa), certamente, representou a derrota de 7 a 1 para a Alemanha. Essa goleada se fixará na memória coletiva brasileira, de uma forma indelével como o Maracanazo. A derrota na Final para o Uruguai, em 1950, ocorreu no alvorecer do futebol, quando havia a perspectiva da ascensão, da primeira grande conquista (que ocorreria oito anos mais tarde, na Suécia). Desta vez, a derrota acontece no crepúsculo, quando o sol da glória, do orgulho, feito uma bola, é chutado para longe. Por derradeiro, um dos belos momentos da Copa, para os alemães e para todos os aficionados (que superaram o ufanismo patriota), foi o futebol jogado pela seleção campeã. 

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