O destaque dado a dois comentários favoráveis ao nosso país, do príncipe Harry e de Schweinsteiger (jogador da Alemanha), torna-se evidente a não superação brasileira do "complexo de vira-lata", definido por Nelson Rodrigues como sentimento de inferioridade, carência de reconhecimento externo.
A carência de reconhecimento externo se associa à necessidade de justificar imediatamente a realização da Copa do Mundo e de propagandear mediatamente um governo com feições socialistas - que se contradiz ao tomar a alta burguesia como argumento de autoridade. Ao invés do príncipe Harry, por que não a opinião do imigrante haitiano recém chegado ao Brasil? A propósito, Antônio Jorge Ramalho, especialista em Relações Internacionais, defende a missão de paz no Haiti a partir do ganho em projeção da nossa imagem no concerto das Nações Unidas.
Com base no que dizem os harrys, os schweinsteigers e os turistas festeiros de toda parte, forma-se o coro de que realizamos a melhor Copa de todos os tempos. Isso é bom para elevar nossa autoestima, sem dúvida, mas não o suficiente para superarmos the mongrel complex.
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