A
agenda de 2014 está lotada de grandes eventos, para a felicidade daqueles que
necessitam de uma “cortina de fumaça” para encobrir desmandos e falcatruas
recorrentes na política deste país.
O primeiro evento a se aproximar é o
Carnaval – o grande circo de nossa cultura.
Em seguida, vem a Páscoa – coerente
com a ordem de prioridade do hedonista: a carne em primeiro lugar, o espírito
depois.
Espírito até por ali, onde não alcança o poder açambarcador do
comércio. Todo apelo comercial nessa época, diga-se de passagem, contradiz a
necessidade de trabalho até maio para o pagamento de imposto.
Disso não lembrará o povo, bombardeado pela mídia, fã de big brother, já ocupado
com o maior evento da metade do ano: a Copa do Mundo de Futebol.
A exceção fica
por conta de alguns poucos críticos, que veem desde agora o acúmulo de
desacertos fazer uma Copa do Mundo no Brasil (obedecendo aos padrões exigidos
pela FIFA).
Passado o evento desportivo, cujo resultado poderá atender às
expectativas dos mais apaixonados, ou não, o ano às devas começaria em agosto.
Todavia, a paixão pelo futebol será imediatamente substituída por outra, quem
sabe ainda mais envolvente – a política. A eleição para presidente
transformar-se-á no grande evento do segundo semestre, na campanha eleitoreira
antes de outubro, na constituição do novo governo depois de outubro.
O ano
passará sem que se perceba a queda contínua do PIB (não mais atribuída ao
governo federal, como se insinuou no início em relação ao crescimento da
economia), não se perceba a crise na Petrobras (sob a pressão de começar a exploração
do pré-sal), não se perceba o aumento da dívida pública interna, não se perceba
a mentira e a corrupção como imorais, não se perceba outras tantas coisas.
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