Um dos problemas de Santiago, novo para a nossa cidade,
diz respeito ao trânsito. A rua é o lugar em que a
interação social acontece forçosamente. O cidadão, por mais que
se proteja cada vez mais em suas casas, mais vulnerável se torna ao
usar o espaço público, a partir do portão de sua pequena
“fortaleza”. Nesse espaço (em que circulam
centenas-milhares-milhões de indivíduos), a instabilidade cresce como um dos
principais fatores que puxam para baixo a qualidade de vida, tão
dificilmente conquistada. Venho observando o trânsito na Pinheiro
Machado, que serve de amostra do que deve ocorrer noutras ruas da
cidade. A sacada do Edifício Dom Manuel é um excelente ponto de
observação que avança sobre a esquina com a Benjamin Constante,
das mais movimentadas e sem semáforo. Durante o dia, poucas vezes
algo errado no comportamento dos condutores de veículo. A falta de
educação fica por conta dos pedestres. Até as 22 horas, não há
alteração digna de nota. Depois disso, o movimento diminui
paulatinamente. Por volta da meia-noite, começa um intervalo, que
separa pessoas diurnas das noctívagas. Estas últimas tomam a
madrugada de roldão, não obedecendo à norma alguma. A civilidade,
fragilmente praticada durante o dia, cede a vez para um tipo moderno
de selvageria. A ordem, fragilmente instituída durante o dia,
transforma-se em caos. A velocidade com que descem pela Pinheiro
assusta, prelúdio de uma tragédia (prestes a ser noticiada no dia seguinte). Por sorte, os acidentes não são mais frequentes. Fico a imaginar o que acontece
na Alceu Carvalho, na Aparício Mariense e em seus prolongamentos. Qual a solução para esse problema? Mais fiscalização, com a
aplicação inequívoca do Código de Trânsito.
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