domingo, 29 de dezembro de 2013

SOBRE O POST ABAIXO

A Tânia de Oliveira foi quem fez a ligação para o Caio Fernando Abreu em 1995, convidando-o para vir a Santiago (e aqui inaugurar a foto do escritor na Galeria de Honra do Centro Cultural). Minha irmã trabalhava na Secretaria de Educação e Cultura de Santiago e fora encarregada de organizar o evento. Ela me confirma que, pelo telefone, Caio estava em dúvida se viria, em razão de um convite para ir à Europa. Em A Raiz do Pampa, crônica que ele escreve depois da vinda ao seu Passo da Guanxuma, Montevidéu talvez constitua um elemento ficcional (não correspondendo à realidade). A propósito, A Raiz do Pampa traz a magia da transposição poética de que falava Gabriel García Márquez. Ao descrever sua viagem, "e fomos percorrendo o Rio Grande do Sul abaixo", Caio não se importa com a correção geográfica (que é Rio Grande do Sul acima). Escreve sobre "açudes transparentes" que avistava de dentro do automóvel. Os gaúchos todos sabemos que os açudes, via de regra, apresentam a água turva, em tom marrom - o que não impede de refletirem o céu "absolutamente azul".                

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