"No instante de um relâmpago vemos um cachorro, uma carruagem,uma casa, pela primeira vez. Tudo o que oferecem de especial, de louco, de ridículo, de belo nos abate. Imediatamente após, o hábito apaga essa poderosa imagem com sua borracha. Fazemos festa ao cachorro, paramos a carruagem, habitamos a casa. Não os vemos mais. Eis o papel da poesia. Ela desvela, com toda a força do termo. Ela mostra nuas, sob uma luz que sacode o torpor, as coisas surpreendentes que nos circundam e que nossos sentidos registram mecanicamente."
J. Cocteau
Caro leitor, já leste algo tão breve e tão verdadeiro quanto o enunciado acima?
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