Todo homem é autor de sua história, circunscrita por dois fatos extremos: nascimento e morte. A igualdade estabelecida, a princípio, pela predicação historial, todavia, evolui para a diferença de toda história. Não há história que seja igual a outra. Esse aspecto é que faz tão interessante a vida. A história de Pedro Palmeiro continua muito clara na memória de seus conterrâneos. Dados biográficos que delimitam a existência desse grande homem: nasceu na Invernadinha, então segundo subdistrito de Santiago, em 26 de abril de 1902, e faleceu em 30 de março de 1964, nessa cidade. Filho de Geraldo Pedroso Palmeiro e de Albina Vieira Palmeiro (Dona Binoca). Na condição de sujeito de sua história, casou-se com Nahyr Gomes Palmeiro, com quem teve seis filhos: Miguel, Paulo, Carlos, Antônio Manoel (Barbela), José Horácio e Rita. Estudou até o “quarto livro” do Primário, no entanto era um autodidata por excelência, bibliófilo e profundo conhecedor de história e literatura. Sua casa era ponto de encontro de poetas, compositores e intelectuais da época, entre os quais Jayme Caetano Braun, Apparício Silva Rillo, cônego Heitor Rossato, Cláudio Torrontegui e José de Figueiredo Pinto (Zeca Blau). Pessoas humildes também o procuravam com frequência, para usufruir de magnanimidade (sempre escassa nas relações humanas de todos os tempos). Essa virtude, entre outras, o melhor de sua história pessoal, que fez dele um homem admiradíssimo. Sua coleção de peças antigas, doada gentilmente pela família, deu origem ao nosso Museu Municipal Pedro Palmeiro. Nunca seremos suficientemente gratos a esse homem, que nos legou uma história incomparável, inesquecível.
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