Toda experiência é única, considerando-se o tempo em que ela ocorre. Como o tempo determina o espaço (e vice-versa), o lugar do que é experienciado nunca se repete (coisa que já se sabe há 25 séculos, desde Heráclito). O sujeito, por que muda a cada experiência, já não é o mesmo na próxima.
Escrevo isso (a título de introdução) para o registro de mais uma experiência vivida: participar do programa Expresso no Ar na Central FM. O Expresso começou no papel, como mídia impressa; ampliou-se no âmbito eletrônico, como hipertexto; e agora é debatido no rádio. Jornalismo 3.0.
No início do programa, duas perguntas difíceis me fizeram titubear:
- não adotar uma criança negra é racismo; e
- você acredita no destino.
A explicação da Sandra Siqueira de que não é racismo fechou a questão com chave de ouro. Destino existe como pseudoexplicação do acaso que não sabemos racionalizar.
Depois minhas participações fluíram com naturalidade.
Na segunda parte, tivemos a companhia do prefeito Júlio Ruivo, meu colega de aula nos anos de 1973-74. Ele falou do grande projeto que é a inclusão de Santiago como cidade educadora. A décima quarta no Brasil.
A experiência de ter participado de um debate diante dos microfones de uma rádio ficará retida para sempre em minha memória. Agradeço ao João Lemes pelo convite.
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