Ontem me detive nos autores que lançaram suas obras na 12ª Feira do Livro (a partir das 19 horas):
- Mosaico Laico, de Breno Camargo Serafini;
- Descaminhos, de Fátima Friedrieczewski;- Jura, de Tadeu Martins;
- Memórias Vivas, de Leo Petersen Fett.
(Não comprei o livro do Santiago e do Mário Simon.)
Nessa manhã, li o três primeiros. O melhor de Mosaico Laico são as micrologias, de Deleituras, e as paráfrases de Drummondianas. Do último capítulo, Diário da Obsolescência, destaco esse título.
De Descaminhos, da Fátima, transcrevo o poeminha...
uma pipa
eleva cores
ao céu
.
- arco-íris
de papel
.
A poetisa (com "s") lamenta os erros de diagramação do livro, por conta da gráfica.
O romance poético do Tadeu Martins (leitor da minha coluna do Expresso Ilustrado em Santo Ângelo) é extraordinário. Os versos de Jura me lembraram o grande Manoel de Barros:
as garças plantavam jasmins no poente;
.
dizia que as sobrancelhas
e os pelos do nariz cresciam
quando ele estava de lua;
.
as labaredas negras do cabelo
inquietas pela babosa e pelo vinagre
traziam o perfume das sangas
no entardecer.
.
Até o formato do livro (com folhas soltas dentro de uma caixa, presas por uma fita) imita Memórias inventadas do "poeta do Pantanal".
.
Daqui a pouco irei à feira outra vez, para ouvir o que Gabriel, o Pensador tem a dizer sobre leitura. O homem está sendo bem pago para isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário