Era grande minha expectativa para ouvir o convidado especial da Feira do Livro. Não me importei de esperar mais uma hora em pé para ouvi-lo (atraso em razão das exigências do artista, da tietagem, das entrevistas e da falta de pontualidade que já viciou a nossa cultura). O palestrante contou historinhas da avó, da tia-avó, da namorada, do poeminha que escreveu para cada uma delas e improvisou vocalmente o som do rap que o consagrou. Não falou de livro algum (à exceção do seu), frustrando os leitores adultos que o ouviam em pé. A turminha do barranco interrompia a fala, exigindo que o palestrante se transformasse em happer. Cansado de trocar de perna, procurei algum lugar para me sentar no outro extremo da feira (onde bati um papo com o Breno Serafini). Outras pessoas deixaram o local da palestra antes da hora, também pelo adiantado da hora.
A feira em 2010 foi superior em tudo à edição anterior, uma evolução inegável, mas perdeu no convidado: Luiz Coronel saiu-se muito muito muito melhor. Infelizmente, a qualidade deixou de ser um parâmetro para atrair o público.
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