terça-feira, 20 de abril de 2010

LÁ E CÁ

Numa postagem do João Lemes, em que apontava a arma de fogo como um mal, escrevi o seguinte comentário:
O mal está no coração do homem, meu caro amigo. Não fosse com arma de fogo,seria com uma faca, machado, espeto, pedra, veneno, esganadura (em caso de não haver qualquer objeto para fazer as vezes de arma). Obviamente, a arma de fogo facilita o ato criminoso, que segue um impulso mais rápido que o tiro...
Lendo as últimas sobre São Francisco de Assis, onde homens públicos estão sendo processados por improbidade administrativa, concluo que, guardadas as proporções, Brasília é aqui (São Chico) e é acolá. Brasília, mais do que ser um referencial de desonestidade, transforma-se em metáfora para a pior coisa que os administradores fazem com o dinheiro público, que é de direcioná-lo para os próprios bolsos.
Na mesma linha empregada em relação à arma de fogo, criticar Brasília já constitui um discurso inútil em tempo de pós-mensalão. Inútil, para não dizer vergonhoso (conforme previra Rui Barbosa). Por isso, não faz diferença adiantar que o próximo presidente será eleito dentre os políticos que idealizaram o maior processo de corrupção já existente no país - o mensalão.
Brasília existe, porque a corrupção existe em nosso meio, terra-a-terra. O homem é corruptível e corruptor em qualquer lugar. Para os lados do Estado do Amazonas, segundo me relatou um amigo, Brasília é fichinha.

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