quinta-feira, 11 de setembro de 2014

SUGESTÃO PARA O TRÂNSITO


Em alguns cruzamentos de ruas de nossa cidade, mais movimentados e com duplo sentido da via (como é o caso da Sete de Setembro e da Silveira Martins em Santiago), sugiro que sejam colocadas barreiras (cimento ou plástico) no centro do cruzamento. O sentido deverá ser indicado por placas de sinalização vertical no alto da (falsa) rotatória. Seja permitindo todas as mudanças de sentido ou não. 
Noutros cruzamentos menos movimentados, a barreira terá a função de apenas estreitar a faixa, obrigando o automóvel a reduzir a velocidade. 
No meu próximo livro, Palavras de fogo, escrevo sobre o motorista borderline
A história sobre esses jovens que se acidentaram na Sete de Setembro poderia ser diferente. Num universo paralelo, onde a fatalidade não cede à sorte, eles teriam perdido a vida, enlutando o sábado santiaguense. Os familiares já estariam pedindo justiça, contra o prefeito que mandou asfaltar aquela via, contra a fábrica do automóvel acidentado (que o capacitou de uma potência muito acima do necessário), contra as lojas de conveniência que vendem bebida alcoólica, contra a polícia que não fiscalizou o trânsito, contra a carência de médico legista em Santiago, ad nauseam. O mundo real não foi abalado, todavia. O sábado continua azul. Logo mais, à noite, outros jovens correrão o risco de morte. Esses notívagos transitam na linha que separa os dois mundos, da sorte e da fatalidade, da vida e da morte.  

Na verdade, a culpa nunca é do outro (contrariamento ao que sói acontecer em caso de acidente), mas do sujeito da ação de dirigir.  

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