domingo, 7 de outubro de 2007

FORTE COIMBRA

Do ponto mais alto do Forte, recostado à muralha, espero as primeiras luzes do dia. O céu é de um azul cambiante, infiltrado pelos tons quentes. As nuvens sobre o horizonte enfeitam um dos adventos mais belos da natureza - o dilúculo. Em primeiro plano, a curva do rio (onde começa o Morro da Marinha). O Paraguai vem na direção do Forte, silencioso, desviando-se rumo à Baía Negra. A brisa norte, agradável. Ouço os bugios no outro lado e pássaros em todo lugar. As cores mudam a olhos vistos. Elas tomam o céu, refletidas pela superfície espelhada do rio. Um ponto por detrás da delgada nuviação se torna mais e mais intenso, de um vermelho sangüíneo. O relógio marca seis horas. Identifico-me com o primeiro poeta da humanidade que contemplou o amanhecer. O Sol aparece, e sua luz inunda o Pantanal.

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