Os
otimistas não se impressionam com a superpopulação, não a anteveem como um
problema sério. Diferentemente, desde os anos oitenta, preocupo-me com o
crescimento demográfico.
Bem ou mal, todo o artifício
tecnológico, potencializado de uma forma crescente, tem atendido à demanda de
alimentação. Obviamente, isso ocorre às expensas da sustentabilidade, ou da preservação
do meio ambiente.
Os recursos naturais, independentemente
dos processos para explorá-los, exaurem-se a olhos vistos. As alterações
climáticas são cada vez mais agressivas para o cultivo do solo. Essa prática preexistia
aos sumérios, povo que desapareceu em decorrência de problemas locais,
semelhantes aos que já podem ser observados em âmbito global.
Como alimentar 9,7 bilhões de bocas? Se
tudo correr bem, o que é quase improvável, o número de subalimentados e
famintos crescerá muito, a duplicar ou triplicar os 811 milhões atuais.
A
fome será apenas uma das consequências inevitáveis da superpopulação. Outras
serão factíveis, mais ou menos graves. Não as nomeio aqui em respeito ao
bem-estar do leitor mais sensível.
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