segunda-feira, 4 de outubro de 2021

A GLÓRIA OU A MORTE

Uma tempestade matou cinco alpinistas no monte Elbrus, no Cáucaso russo, nesta sexta-feira.

       Gostaria de estar na companhia de amigos, para pensarmos juntos o paradoxo existencial referido de uma forma transversal pela notícia acima.

       Sozinho neste apartamento, começo a análise de uma forma dialética, hegeliana.

       Qual seria a tese?

   O homem desafia a natureza, para satisfazer seu espírito aventureiro, a praticar esportes de alto risco de vida. Ao lado do alpinismo, há o paraquedismo, o wing walking (equilibrar-se sobre as asas de um avião), o esqui off-trail (descer montanhas no esqui), rafting (descida em corredeiras dentro de botes), montaria de touro, entre outros.

       Qual seria a antítese?

       A morte, simplesmente.

       Para não me afastar do mote inicial, o alpinismo, mais de 300 pessoas já morreram a escalar o Everest, o pico mais alto do planeta. Altura, frio, vento, falta de oxigênio e exaustão física são algumas das causas que se opõem ao objetivo da aventura.

       O homem deixará de se aventurar, mesmo consciente de que corre risco de vida? Sua vida deixa de ter sentido sem a prática desses esportes chamados radicais? A liberdade para fazer escolhas perigosas constitui um bem?

       Qual seria a síntese? 

Nenhum comentário: