sexta-feira, 8 de maio de 2020

OS TRÊS ESTÁGIOS

A experiência própria que tenho acerca do conhecimento passou e passa por três estágios: o da curiosidade, o da vaidade e o da alteridade.
Nos primeiros dois, movia-me por interesses pessoais, ou para responder perguntas que me instigavam o espírito desde a infância, ou para demonstrar conhecimento e, com isso, ganhar a admiração do outro. Destarte, sem organização (de uma forma aleatória), estudei gramática da língua portuguesa, história (até os sumérios), cosmologia, biologia evolutiva, filosofia (desde os pré-socráticos), psicologia, literatura, pintura, entre outras ciências e artes.
No terceiro estágio, iniciado nos anos oitenta com a leitura de Krishnamurti, conheço a mim mesmo. Com o autoconhecimento, abre-se uma vereda na direção do outro, para também conhecer o outro.
O quanto soube até o terceiro estágio pouco me ajudou para organizar um modo de saber que me torna melhor como ser humano nas relações interpessoais.
Desci das alturas em que me iludia estar, perdi o inchaço de saber, para saber com humildade.

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