"A humanidade celebra neste sábado um lúgubre Dia Mundial do Meio Ambiente marcado pelas imagens dramáticas de aves e animais marinhos cobertos pelo petróleo que vaza sem cessar há quase dois meses no Golfo do México".
Golfo do México? Não foi aí o epicentro de uma extinção há 65 milhões de anos?
Em meu livro Ponteiros de palavra, editado em 2006, incluí o poema abaixo:
.
SOS
.
negros
pássaros
.
sem asas
para voar
.
sem bico
para cantar
.
sem pernas
sem penas
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imersos
num rio
de óleo
.
sem paz
SarOS
.
Agora me dou conta que o termo "mar" no lugar de "rio" melhora o poema por dois motivos: foneticamente, porque cria uma pequena aliteração; e semanticamente, porque diz mais da realidade (em vista da proporção dos últimos desastres ambientais). Numa próxima edição, talvez mude para
imerso
num mar
de óleo
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