No início de um novo ano, astrólogos, tarólogos, numerólogos, entre outros adivinhos que não merecem o belo pospositivo de origem grega (´-logo), fazem a vontade de "clientes" supersticiosos com uma série de previsões. As pessoas que justificam a existência desses charlatães, dando-lhes crédito, ignoram a não-confirmação do que eles previram. Com o intuito de auxiliá-las a superar o misticismo, a superstição, recomendo que anotem as principais previsões e se certifiquem no final do ano se elas ocorreram de fato. O resultado é previsível: pouco do que foi previsto se confirmará, mesmo com adequações posteriores ao texto inicial (geralmente confuso, impreciso). Já me prestei a fazer esse tipo de comprovação mais de uma vez. Sem lançar mão de búzios, cartas, astros e o escambau, posso prever, por exemplo, que o Brasil ganhará a próxima Copa do Mundo de Futebol; ou que o Brasil não ganhará a próxima Copa do Mundo de Futebol; que acontecerá um acidente aéreo em São Paulo; ou que acontecerá um acidente aéreo em algum lugar; que José Alencar não mais resistirá ao câncer no intestino; ou que José Alencar será curado definitivamente do câncer no intestino; que a conferência das Nações Unidas para o clima em 2010, no México, repetirá o fracasso de Copenhague; ou que a conferência das Nações Unidas... Caros visitantes, perceberam a malandragem? Dessa forma, acabo acertando todas as minhas previsões. Isso é o que ocorre com os diferentes adivinhos. Eles fazem as adivinhações mais diversas (e estapafúrdias). Obviamente, a mídia dá uma atenção especial aos acertos (meramente casuais), nenhuma aos erros. Ao invés desse destaque, os meios de comunicação deveriam exigir a retratação dos charlatães que ganham em perpetuar o misticismo, a superstição.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
PREVISÕES E PREVISÕES
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário