sábado, 30 de janeiro de 2010
COMENTÁRIOS DIVERSOS
4ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DAS CIDADES
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
CONDOMÍNIO SEM DOMÍNIO
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
MUDANÇA
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
CANALHA!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
IDEIAS IMPRÓPRIAS
domingo, 17 de janeiro de 2010
A CULPA
Pela segunda ou terceira vez, escrevo que uma das funções do blog é servir de laboratório para a produção textual. O acesso rápido, a facilidade de trabalhar com a ferramenta, a noção de espacialidade topográfica (J.D. Bolter), entre outros fatores, contribuem para a revisão da ortografia, a reescrita (com cortes e acréscimos), enfim, o acabamento formal e conteudístico que se exige de todo texto.
Coerente com a ideia acima, transformei as três postagens anteriores em uma única, que poderá ser a próxima coluna do Expresso Ilustrado. Apresento-a quase pronta:
A tragédia no Haiti reinicia uma velha discussão, cujo momento mais conhecido foi protagonizado por Voltaire e Rousseau. Quem é o culpado diante de uma grande desgraça? O terremoto ocorrido em Lisboa, em 1755, em que morreram mais de 10 mil pessoas, motivou um enfrentamento discursivo entre os dois filósofos franceses. Na época, padres alardearam se tratar de um castigo de Deus (deus, com letra minúscula para os ateus). Cristãos não perderiam a oportunidade de julgar o terremoto no Haiti da mesma forma. A razão desse julgamento remete ao fato de o vodu ser dominante no país, prática que incomoda os católicos ressentidos ainda com a perseguição de Papa Doc. Pseudoecologistas não perderiam igual oportunidade de dizer que a natureza se vinga das agressões sofridas. Outros, como já o fizera Rousseau, culpam o próprio homem, que não escolhe os lugares mais adequados para construir suas cidades. Impossível manter uma posição de neutralidade absoluta ante um quadro como o do Haiti. Toda miséria e toda violência não eram suficientes para esse país, que, há apenas dois séculos, constituía-se numa das colônias europeias mais prósperas na América Central? Os males acima têm a marca do homem, que os infringe e os experimenta em si mesmo concomitantemente. Por alguns bilhões de anos, antes de surgir a nossa espécie, esses e outros acidentes geológicos já ocorriam no planeta. Tal dado basta para isentar qualquer culpa, inclusive aos humanos, que transcenderam as piores vicissitudes. Acaso, sorte, seja lá o que for, ninguém pode negar que, desde o paleolítico, a solidariedade foi um fator decisivo para a nossa sobrevivência. Ao se solidarizar, o homem se redime da culpa.
sábado, 16 de janeiro de 2010
VOLTAIRE VERSUS ROUSSEAU
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
SOLIDARIEDADE
HAI(DE)TI
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
PERDOAR OU NÃO?
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
DEFEITO ORIGINAL DOS FILÓSOFOS

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
SIM E NÃO
Tudo em minha vida é uma decorrência inexorável de um sim ou de um não. De um sim ou de um não que disse em algum momento pretérito. Em incontáveis momentos, fui forçado a dizer sim; noutros, a dizer não. Em incontáveis momentos, disse sim e disse não por vontade própria. Do sim ou não que disse livre e espontaneamente, seguindo a lógica ou a intuição, raras vezes me arrependi da escolha. Do sim ou não que me foram impostos por alguém, pelas leis, pelas circunstâncias etc., muitas vezes, acabei sofrendo consequências previsíveis. Por esse viés, compreendo melhor Jean-Paul Sartre: o inferno são os outros. (...) Um simples sim, como me sentar numa cadeira, quando era para permanecer de pé. Um irrelevante não, como me levantar da cadeira, quando era para permanecer sentado. Um pusilânime não, quando era para ter dito um corajoso sim. Um sacrossanto sim, quando melhor convinha um não profano. (...) Pensamentos, palavras e atitudes de afirmação ou de negação, ou por iniciativa minha, ou por influência alheia, trouxeram-me até aqui, exatamente onde estou e como sou. E caso tivesse feito outra opção, o não pelo sim, o sim pelo não? Isso era factível, bastaria que me sentasse na cadeira ou que me levantasse dela, quando de fato fiz o contrário. O efeito borboleta se encaixa perfeitamente na ilustração do que ocorre a partir do gesto de me sentar ou de me levantar de uma cadeira. Esse gesto (em algum momento pretérito) deu origem a todo acontecimento que marcou minha vida. Independentemente da ventura ou desventura desse acontecimento, sei que haveria uma possibilidade de tudo ser diferente. Não serei feliz, enquanto culpabilizar minhas escolhas, livres ou forçadas, enquanto transitar indeciso ao longo da fronteira entre sim e não.
sábado, 9 de janeiro de 2010
DESABAFO
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
RESPONSABILIDADE BLOGUEIRA
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
PREVISÕES E PREVISÕES
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No início de um novo ano, astrólogos, tarólogos, numerólogos, entre outros adivinhos que não merecem o belo pospositivo de origem grega (´-logo), fazem a vontade de "clientes" supersticiosos com uma série de previsões. As pessoas que justificam a existência desses charlatães, dando-lhes crédito, ignoram a não-confirmação do que eles previram. Com o intuito de auxiliá-las a superar o misticismo, a superstição, recomendo que anotem as principais previsões e se certifiquem no final do ano se elas ocorreram de fato. O resultado é previsível: pouco do que foi previsto se confirmará, mesmo com adequações posteriores ao texto inicial (geralmente confuso, impreciso). Já me prestei a fazer esse tipo de comprovação mais de uma vez. Sem lançar mão de búzios, cartas, astros e o escambau, posso prever, por exemplo, que o Brasil ganhará a próxima Copa do Mundo de Futebol; ou que o Brasil não ganhará a próxima Copa do Mundo de Futebol; que acontecerá um acidente aéreo em São Paulo; ou que acontecerá um acidente aéreo em algum lugar; que José Alencar não mais resistirá ao câncer no intestino; ou que José Alencar será curado definitivamente do câncer no intestino; que a conferência das Nações Unidas para o clima em 2010, no México, repetirá o fracasso de Copenhague; ou que a conferência das Nações Unidas... Caros visitantes, perceberam a malandragem? Dessa forma, acabo acertando todas as minhas previsões. Isso é o que ocorre com os diferentes adivinhos. Eles fazem as adivinhações mais diversas (e estapafúrdias). Obviamente, a mídia dá uma atenção especial aos acertos (meramente casuais), nenhuma aos erros. Ao invés desse destaque, os meios de comunicação deveriam exigir a retratação dos charlatães que ganham em perpetuar o misticismo, a superstição.