A postagem abaixo provocou o seguinte comentário da blogueira Angel (Anjos sem asas):
Lindo e poético. Também gosto das manhãs de outubro. Interessante é que também fiz uma postagem com o mesmo título que você usou. Acho que somos seres contemplativos e que gostamos de apreciar a beleza da natureza em todos os seus matizes, especialmente quando a própria natureza parece sorrir. É o caso das manhãs de outubro.
Abraço!
Angel
Comentários como esse consistem no melhor incentivo para que eu continue a escrever. Penso que todos os que escrevem, independentemente do gênero, esperam por aquilo que Bakhtin chamou de "atitude responsiva ativa".
Diferentemente, outro comentário rebate a postagem Outras ideias, em que escrevi o seguinte:
Caim e Abel são representações de duas clãs, tribos ou povos primitivos que se ocupavam, respectivamente, com o cultivo da terra e com o pastoreio.
Alguém comenta anonimamente:
É no mínimo um pouco arrogante achar que foi a primeira pessoa no mundo a tomar como simbólico o mito de Caim e Abel. Entre tantos autores, não preciso ir muito longe, Paulo Stekel nos dá pistas sobre a origem do mito. O nome de Caim geralmente está ligado ao verbo "qanáh" ou "aquele que foi produzido". Enquanto Abel, do hebreu "Hêvel" que dizer "aquele que foi soprado". Abel era o espírito, Caim a matéria. Caim matou Abel, a matéria sufocou o espírito. Aí está a conotação.
É no mínimo um pouco arrogante achar que foi a primeira pessoa no mundo a tomar como simbólico o mito de Caim e Abel. Entre tantos autores, não preciso ir muito longe, Paulo Stekel nos dá pistas sobre a origem do mito. O nome de Caim geralmente está ligado ao verbo "qanáh" ou "aquele que foi produzido". Enquanto Abel, do hebreu "Hêvel" que dizer "aquele que foi soprado". Abel era o espírito, Caim a matéria. Caim matou Abel, a matéria sufocou o espírito. Aí está a conotação.
Já li Paulo Stekel. Conversei com ele, quando veio lançar seu livro em Santiago. Para esse estudioso, tudo o que está escrito na Torá é simbólico, inclusive a história de Caim e Abel. Meu comentarista anônimo (forma abominável de interagir), ao me acusar de arrogante, demonstra a própria ignorância em interpretar. Por acaso, intitulei-me autor da simbologia que remete à oposição espírito x matéria? Na postagem supracitada, anotei "Outras duas ideias que julgo serem minhas (até prova em contrário)". Qual ideia? A que relaciona Caim e Abel com clãs, tribos ou povos primitivos, uns agrícolas e outros pastores.
Certas pessoas em Santiago, desde que comecei a escrever para o Expresso Ilustrado e, mais recentemente, neste espaço eletrônico, não suportam um sentimento repulsivo (talvez inveja, complexo de inferioridade intelectual...), que lhes incomoda bastante. Por isso, procuram em mim algum defeito, como a arrogância acima insinuada. Poderia até ser arrogante na defesa que faço do conhecimento, da ciência, contra qualquer interpretação sobrenatural da realidade, como essa feita por Stekel de que Caim é matéria e Abel é espírito. Um absurdo.
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