quarta-feira, 10 de setembro de 2008

METÁFORA

Na definição aristotélica, "metáfora implica uma percepção intuitiva da semelhança entre coisas dessemelhantes"; ou na de Mattoso Câmara, "metáfora é a transposição de um termo para um âmbito de significação que não é o seu"; ou na de García Lorca, "metáfora une dois mundos antagônicos no salto eqüestre da imaginação" (eu substituiria "antagônicos" por "diferentes"), como o faz Paul Ricoeur, metáfora é "uma identidade na diferença de dois termos"; ou, na de Roman Jakobson, "o que fazem os poetas com as palavras: a oposição entre um sentido comumente esperado e outro inesperado engendra a metáfora, ou transposição de sentido". Armindo Trevisan define metáfora como "imagem que traz em si uma comparação implícita, cujo segredo pertence ao leitor" (eu mudaria o final do enunciado para "cujo segredo também pertence ao leitor").
(Mais tarde, continuo esta postagem, uma vez que já começou o jogo do Brasil e Bolívia.)

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