I – PESQUISAS PRÉ-ELEITORAIS
– O resultado das eleições deve ser confrontado com as pesquisas publicadas
anteriormente. Caso a margem de erro for pequena, renda-se homenagem ao acerto,
à seriedade dos institutos responsáveis, bom como aos órgãos de imprensa que
divulgaram a pesquisa. Caso contrário, com disparidade considerável entre
previsão e resultado, justifica-se uma campanha (pública ou privada) contra o
caráter tendencioso do instituto que elaborou a pesquisa e do órgão midiático
que fez a divulgação.
II – CAMPANHA ACUSATÓRIA – O
eleitor brasileiro já é constituído moralmente pelo meme* “falcatrua”, facilmente identificado em seus representantes
no governo, não mais se importa com as acusações pré-eleitorais de que esse ou
aquele candidato cometeu algum crime no exercício de seu cargo anterior. Nenhum
eleitor reconsidera o voto em vista de acusações feitas contra seu candidato. A
imoralidade é banalizada.
III – TEMPO PERDIDO – Os críticos
esclarecidos ainda não ousaram questionar a morosidade do processo eleitoral no
Brasil. Ao tempo perdido com esse processo, soma-se a demora na fase posterior
ao pleito, de formação e de adaptação do novo governo. O país para no mínimo por
seis meses, uma vez que seus políticos de carreira se encontram em campanha, em
suas bases eleitorais, ou se acomodando aos cargos a que foram eleitos.
*
Meme: o termo foi cunhado por Richard Dawkins em 1976, no seu O gene egoísta, e vem da palavra grega “mimeme”
(que significa “algo que é imitado”). O meme
está para a cultura como o gene, para
a biologia.
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