Católicos
e evangélicos são cristãos, dizem seguir a Cristo. Essa proposição é verdadeira
ou falsa?
A
primeira parte (oração) é falsa: “Católicos e evangélicos são cristãos”.
Por
quê?
Como
será verificado a seguir, católicos e evangélicos acreditam ser cristãos, mas o
negam com valores outros, com a obra realizada por eles.
A
segunda oração é verdadeira, porque católicos e evangélicos dizem seguir a
Cristo, malgrado contradizê-lo na prática.
Muitas
passagens bíblicas constituem argumento de autoridade às considerações acima,
como a expressa em Mateus 6:19-21:
Não queirais
entesourar para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e a traça os consomem,
onde os ladrões os desenterram e roubam. Mas entesourai para vós tesouros no
céu, onde não os consome a ferrugem, nem a traça, e onde os ladrões não os
desenterram, nem roubam. Porque onde está o vosso tesouro, aí está também o
vosso coração.
Com a mesma clareza e entendimentos, lê-se em
Mateus, 6:24: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de amar a
este, e desprezar aquele. Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
Deus
e riquezas são antípodas, portanto, inconciliáveis.
Todavia,
a passagem mais luminosa, coerente com as duas supracitadas, pode ser lida
igualmente em Mateus, 22:15-21. Jesus responde aos fariseus que o inquiriam se
era correto dar tributo a Cesar. Com uma moeda, que trazia a imagem e inscrição
do imperador romano, Jesus não cai na armadilha e afirma com sabedoria: “Dai a
Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus”.
O
que é que se dá a Cesar?
O
dinheiro.
O
dinheiro pode ser dado a Cesar, sem problema. Em contrapartida, a Deus se dá o
bem imaterial, que transcende esta vida e conduz o cristão para a vida-além, o reino
do outro mundo (como afirmou Jesus ante Pilatos).
A
desculpa de padres e pastores é de que eles mesmos, homens que se dizem
cristãos, necessitam de dinheiro para viver nestes dias. A necessidade e o
dinheiro já existiam nos tempos de João Batista e de Jesus de Nazaré. Por que
não viver como eles, autênticos pregadores?
O
discurso hipócrita, que coaduna prosperidade material e preceitos cristãos,
como o fez o bispo Edir Macedo, serve como prova do que Nietzsche constatou há
um século e pico: “Deus está morto!”.
Esse
discurso só é possível em vista da lacuna aberta pela não inclusão de qualquer
um dos versículos supracitados nas missas e cultos nestes dias.
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