A mobilidade urbana é
definida pelo texto institucional (Lei nº 12.587, de 2012) como a “condição em
que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano”. Da vila
à metrópole, as atividades econômicas e sociais crescem sem o devido controle
gestor, via de regra, a gerar um problema de mobilidade.
Em Curitiba, a exemplo de outras
grandes cidades brasileiras, o aumento populacional ocorre acelerada e desordenadamente.
Malgrado as melhorias urbanísticas realizadas nas últimas décadas, os problemas
de mobilidade urbana começam a surgir em razão do aumento exponencial da frota
de veículos automotores. De acordo com números do Detran (de dezembro de 2017),
já circulam mais de dois milhões e trezentos mil veículos dentro da região
metropolitana. A capital paranaense, conforme um ranking publicado na revista Exame em 2014, encima a relação de
mais carros por habitante.
Entre os problemas de
mobilidade em Curitiba, o congestionamento de vias em determinados horários do
dia é o mais preocupante, cuja solução não apresenta uma perspectiva de médio a
longo prazo. As dificuldades impostas pela redução do espaço (quase
inteiramente ocupado) passam a interferir no tempo que se é gasto (ou perdido)
com o ir e vir.
O tempo é dinheiro,
preceituava a doutrina capitalista desde Benjamin Franklin. Em plena
modernidade “líquida” (denominação de Zygmunt Bauman), tempo é vida. As horas
que se perdem num congestionamento estão na contramão da fluidez, da liberdade
e do consumo (do próprio ócio). A demora aumenta a pressa, e esta diminui a
qualidade de vida.
A despeito de toda a
infraestrutura de mobilidade de Curitiba, os problemas surgem, mais facilmente
observados por aqueles que vêm de fora (não condicionados pelo diferencial
urbanístico da cidade). Ao aumento da frota veicular se somam algumas condutas
mal-educadas dos condutores – responsáveis por atrasar ainda mais a mobilidade
no trânsito.
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