Na poesia, bem como na música, sua irmã
de ritmo, há uma teoria, um estudo que classifica a arte num segmento que vai
do mais simples ao mais complexo.
Apenas
no que diz respeito à rima, que o senso comum a considera como essência do
gênero poético, todo texto pode ser classificado qualitativamente. A rima pobre
é feita com palavras da mesma classe gramatical, geralmente com verbos no
infinitivo (cantar–sonhar, beber–viver, sorrir–partir). A rima rica, ao contrário,
ocorre com palavras de classe gramatical diferente. A rima rara (e preciosa) intercorre
com palavras de terminações incomuns (estrelas–vê-las, múmias–resume-as, deuses–elêusis).
A
partir dessa referência, constata-se que 99% da produção textual no Brasil
(para ser musicada) apresenta uma pobreza rímica – em decorrência da limitação
vocabular que a precede.
Não
há exagero em generalizar a baixa qualidade das diversas expressões poéticas,
que acompanham a música (também de um compasso simples, do forró nordestino ao
tradicionalismo gaúcho).
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