terça-feira, 7 de julho de 2015

A CAMINHO DA GRÉCIA

A vocação filosófica e científica me coloca no sentido oposto ao do profeta. O filósofo e o cientista, assim penso, fazem da realidade presente o objeto de suas reflexões e experiências. O profeta sequer a usa como ponto de apoio para o salto metafísico que dá em direção ao futuro, ao desconhecido, ao vazio. Suas previsões (presságios) inferem uma fuga do real (à maneira do poeta romântico), sem a inclusão deste como causa necessária.
Após as considerações acima, arrisco fazer uma projeção (cálculo antecipado de uma situação futura) sobre a economia de nosso país. O descontrole do governo já pode ser considerado como um sintoma do que está por vir (que faz a questão sobre o fator previdenciário parecer apenas um resfriado). Os gastos públicos sobem às alturas, o funcionalismo de todos os setores continuam a reivindicar e a obter melhores salários, a população envelhece a olhos vistos... A produção industrial diminui assustadoramente, a dívida interna cresce (forçando o corte dos créditos)... A única fonte de receita é o aumento dos impostos... Exceto pela dependência de pacotes e pacotes de empréstimos, o Brasil está a caminho da Grécia.

Nenhum comentário: