sábado, 4 de setembro de 2010

DO NADA?

O Zero Hora publica uma pequena matéria sobre o novo livro de Stephan Hawking, O Grande Desenho (ou projeto), em que o cientista afirma a não-participação de Deus na criação do Universo. Num livro publicado em 1988, Uma Breve História do Tempo (que li duas vezes), Hawking escrevera: "Se descobrirmos uma teoria completa, seria o triunfo máximo da razão humana - porque poderíamos conhecer a mente de Deus". Os criacionista apanharam essa ideia com as duas mãos, forjando-a como argumento de autoridade em favor de suas crenças.
Em razão da manchete do ZH ser sensacionalista e com erros, fui à procura de outra fonte da notícia e encontrei a mesma frase atribuída ao cientista que me deixou pensativo. Não imagino Hawking escrevendo isto: "Devido à existência de uma lei como a da gravidade, o Universo pode e vai criar a si mesmo do nada". Escreveu. Do nada?
Nas últimas décadas, até os cientistas não escapam do bombástico, do sensacionalismo que vive o resto, na medida que há uma nova orientação existencial, baseada no parecer (saída para aqueles que não conseguem nem ser nem ter).
Hawking deve ter empregado o termo "nada" como uma metáfora, equivalente a uma grande concentração de massa/ energia. Isso é newtonianamente necessário para que haja força gravitacional, que Einstein descreveu como uma consequência da estrutura geométrica do espaço-tempo. Aqui me deparo com um paradoxo: se a força gravitacional decorre da estrutura geométrica do tempo-espaço, por que dizem os estudiosos que o tempo passou a existir com a grande explosão?
Pela afirmação de Hawking, a gravidade é causa da origem deste universo.
Outra constatação do cientista: a existência de um exoplaneta em torno de uma estrela diferente do Sol, infere que essa estrutura se repete em todo o Universo, diminuindo a importância da Terra como local preparado por Deus para colocar o homem.

Um comentário:

Addson Costa disse...

Santiago por um plágio
Do meu blog www.cavadordoinfinito.blogspot.com

Vageio, dou voltas sem direção
Estou solitário em Santiago, Santiago é tão amável
Cruzo ruas sem medos, todo mundo deixa o caminho livre
Sei que não conheço ninguém aqui pra dizer alô
Somente sei que deixam o caminho livre, estou solitário em Santiago, sem medos
Vageio, dou umas voltas, sem direção

Enquanto meus olhos buscam seres no espaço sideral
Enquanto meus olhos buscam seres no espaço sideral

Domingo, segunda, o inverno, passam por mim
Pessoas transitam apressadas com muita paz
Um mendigo chega a um policial e ele parece cheio de prazer em poder atendê-lo
Que bom, estar vivo é uma bênção, concordo...
Parecia contente por isso, pelo menos, e é tão bom viver em paz
Através domingos, segundas, os anos, concordo ...

Não escolho nenhum rosto para olhar ... não escolho um caminho
Ocorre que apenas estar aqui é estar tudo bem
Grama verde, olhos azuis, céu cinza, Deus abençõe esta dor silenciosa e esta felicidade
Eu vim para dizer sim e o digo

Enquanto meus olhos buscam seres no espaço sideral
Enquanto meus olhos buscam seres no espaço sideral