Uma coisa boa nesta vida é conhecer um poeta (ou conhecer sua poesia). Um poeta esquecido no fundo de uma caixa, abandonado ao silêncio e à poeira. De repente, você abre umas páginas amareladas e lá está o poeta transfigurado em palavras. Foi o que me ocorreu nesse fim de tarde: encontrei um poeta chamado Decio Frota Escobar, primo do Carlos Humberto Aquino Frota. Uma vida concluída tragicamente (no sentido dado pelos gregos clássicos). Nos poemas reunidos em travessia, procurei o poeta com os olhos congestionados por imagens sucessivas. Encontrei-o a galopar na noite sobre a cidade, em seu cavalo de vento.
Ouçam seu ritmo:
.
cavalo de vento
galopa de noite
na minha cidade
de vento
na noite
.............. galopa
.............. cidade
.............. galopa
.............. cavalo
no vento
............. cavalo
da minha cidade
............. cavalo
no vento
............. cavalo
............. galopa
............. cidade
............. galopa
na noite
de vento
na minha cidade
galopa de noite
cavalo de vento
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