O sol iluminava as matas ribeirinhas, realçando sua floração outonal, extemporânea. Sim, no Pantanal, algumas árvores florescem nos meses de abril e maio (foco imperdível para o visor da minha câmera). Por motivo de força maior, subi o rio Paraguai no domingo. Mesmo que fizesse uso de uma lancha pequena, chamada de "voadeira", com motor 40HP, foram necessárias três horas para chegar a Morrinho, onde deixaria o rio e pegaria o asfalto, com destino a Corumbá. Não perdia uma corrida de Fórmula-1 e, naquela manhã, do dia 1º de maio, estava ansioso para saber o resultado do GP de San Marino, em Ímola. Assim que desci da lancha, fui a um restaurante às margens do Paraguai e da Rodovia 262 (que liga Campo Grande à "cidade branca"). A televisão ainda mostrava o acidente, e os tele-espectadores comentavam sobre a morte de Ayrton Senna. Lembro-me da frase que disse na hora em que soube do ocorrido: "Não acredito!". Há 15 anos a Fórmula-1 não é mais a mesma para os brasileiros que acompanham esse esporte.
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