Um vento austral arrancou gemidos dos eucaliptos noite passada. Aqui dentro, meu coração batia mais forte para se sobrepor à umidade da casa. Mas isso não passa de lembranças, sensações agora textualizadas. Abro a janela deste quarto, para que o sol nascente traga a alvissareira certeza de um novo dia. O domingo se apresenta de dourado e azul.
Infelizmente não poderei passear por entre flores, preciso elaborar duas aulas sobre o Parnasianismo e escrever a coluna para a próxima edição do Expresso. Como sexta-feira que vem é o Dia Internacional da Amizade, já escolhi o tema do meu texto. Para mim, a amizade é o sentimento que mais aproxima pessoas livres, sem a romantização ou a fantasialidade do amor.
Ela constitui o amálgama do grupo social (seja ele formado por caçadores pré-históricos, ou por orkuteiros do século XXI). Discordo da definição freudiana de que "a amizade é o amor inibido no seu objetivo". Daqui a pouco, devo fazer algumas reflexões ao produzir o texto. Por enquanto, tenho os olhos nesta postagem, iluminados pelo sol que se eleva sobre o telhado da casa vizinha.
Nenhum vento concorre com o canto dos pássaros.
Um comentário:
Passeando encontrei você novamente....
Postar um comentário