O tempo arrasta mil vagões por hora,
num tique-taque que de longe vem
tomando os túneis que minh'alma tem,
para levar um pouco dela embora.
A pressa a tudo toca, sem demora,
meu corpo não escapará também,
atropelado pelo inviso trem,
que o arrojará um dia noite afora.
Irresoluto, encontro-me perdido,
à espera do que já passou por mim,
no vácuo do meu sonho não vivido.
Os olhos fitos no horizonte (à frente),
uma ilusão que só posterga o fim
e o tempo - eterno maquinar presente.
Um comentário:
esse é o poema que mais gosto, ele nos remete a sonhar traz uma paz interior é muito bom. abraços e parabéns pelo blog andri
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