terça-feira, 10 de março de 2020

CRÔNICA DA ILHA DO MEL



    A lenda das Encantadas, por mais inverossímil se apresente ao racionalista, figura uma verdade inegável: a Ilha do Mel é de uma beleza arrebatadora.
    As criaturas míticas escolheram viver aqui, antes da chegada do homem, porque o lugar as atraía por suas praias, morros, matas, pedras, grutas...
        De um lado da ilha, a serenidade das águas da baía; de outro, o mar de fora, com suas ondas vigorosas (que fazem flutuar os rochedos).
   A mata nativa ocupa grande parte da geografia, preservada cuidadosamente pelo invasor humano, que soube se instalar sem colocá-la abaixo. O turismo e a pesca são suficientes para a estabilidade socioeconômica dos insulares.
     Sob as árvores copadas, as trilhas frescas e macias interligam, residências, bares, restaurantes, pousadas... num trânsito sem automóveis ou animais de tração.
       As luzes distantes do continente não interferem no brilho das estrelas, que parecem mais próximas esta noite.
  O descrito acima torna aceitável a narrativa das Encantadas, que se lê numa placa grande, em frente ao píer de entrada da ilha.

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