Caro
leitor, não considere esse título uma pretensão descabida antes de chegar ao
fim das linhas abaixo. Sua paciência e credibilidade serão recompensadas,
prometo-lhe de antemão. O presente texto poderá estimular uma reflexão em sua
consciência.
Minha escolha pelo conhecimento, ao
invés de acumular bens materiais (como geralmente ocorre com a maioria das
pessoas), exigiu-me muita leitura e atenta observação da realidade, dos seres,
coisas, fenômenos, tudo o que me cercava no tempo e no espaço.
Todas as veredas que percorri em busca
de sabedoria, as mais difíceis possíveis como o de conhecer a mim mesmo,
trouxeram-me a este caminho mais amplo e claro sob o sol do bem. À semelhança
do homem liberto na alegoria platônica, superei a ignorância de que somos
dotados ab origine e passei a
compreender minhas antigas crenças e preconceitos.
A nova condição, todavia, desenvolveu
em mim a responsabilidade de voltar (sempre que possível) ao interior da
caverna, para dar aos outros o testemunho da claridade. A forma preferida como
cumpro esse ofício remonta aos anos oitenta, quando comecei a expressar na
escrita o pouco que tinha conhecimento. No impedimento de dar uma camisa ao
outro (porque disponho de poucas em meu guarda-roupa), ofereço-lhe ideias. Assim
penso fazer o bem.
Lamentavelmente, como previsto por
Platão, não sou bem recebido por meus semelhantes mais necessitados, que teimam
em viver presos às correntes do dia a dia de uma forma empedernida, ignara.
Neste aspecto, o Brasil consiste numa imensa caverna, não apenas pelas
religiões (que vicejam), não apenas pelas políticas (que governam), não apenas
pelo crime (que assombram)...
Froilam de Oliveira
17 de abril de 2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário