Os missionários da Companhia de Jesus que desembarcaram no
continente há pouco descoberto pelos navegadores europeus, não encontravam aqui
um terreno propício para impor a doutrina cristã. Alguns deles, a propósito, foram
sacrificados pelos nativos, que ainda viviam num estágio de selvageria (cujo ápice
evolutivo chegava ao arco e flecha).
Não foram poucos os mitos (ou mentiras) que os padres contaram
aos “índios”, no afã de persuadi-los a aceitar o mito maior (a mentira maior). Um
desses mitos auxiliares é facilmente destacável na catequese ministrada na
povoação de São Tomé (fundada em três lugares e tempos distintos).
A crença existente entre os donos da terra de que o apóstolo
São Tomé já estivera entre eles há muitos séculos era exatamente um desses
mitos acessórios, uma mentira que não resistiu ao veredito do conhecimento
posterior. Os padres a contaram como meio de justificar suas próprias presenças
em meio aos “índios”. São Tomé, reza o mito, teria vindo anteriormente, para
anunciar a visita futura dos evangelizadores da Companhia de Jesus.
Os homens de sotaina, não desconfiavam os novos crentes,
adiantavam-se, como aves pressagas, ao fim da liberdade e da vida natural das
nações indígenas. A conversão ao cristianismo representava o primeiro ato dessa
destruição humana, que mancha o passado da humanidade de uma forma inapagável.
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