Pergunto
aos evangélicos, pastores e líderes de igrejas, qual foi a resposta que Jesus
deu aos fariseus, quando estes mostraram-lhe o dinheiro do tributo (Mt 22.21). Os
fariseus queriam apanhar pela palavra o nazareno: “É lícito pagar o tributo a
César ou não?”. A moeda apresentada trazia a efígie e a inscrição de César, o
imperador romano. A resposta foi simples e direta: “Dai, pois, a César o que é
de César, e a Deus, o que é de Deus”.
Minha
interpretação é de que o dinheiro podia ser dado a César, não a Deus, para quem
a doação deve ser de natureza imaterial (coerente com Mt 6.24). Hoje as igrejas
disputam a tapa o dízimo e outros serviços do gênero na forma de dinheiro (em
espécime). Essa riqueza mundana não retorna em obras para os necessitados, mas
é administrada pelos senhores do templo.
Não
divirjo da Bíblia, que traz 34 referências ao dízimo, em nenhuma delas fica
demonstrado que a oferta foi feita em dinheiro. A falácia que circula como
doutrina no meio religioso é de que a intenção do dizimista transcende as
especulações acerca da real utilização do dinheiro entregue de mão beijada.
A
hipocrisia dos fariseus que interpelaram Jesus parece coisa de criança se
comparada à dos criadores e administradores de igrejas do nosso tempo. A prova
do que afirmo nestes termos pode ser observada sob a claridade meridiana, na
forma de pastores que enriquecem a toda hora. O dizimista, por sua vez, não se
importa com essa desfaçatez, na medida em que ele ora para Jesus lhe dar uma
recompensa material.
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