quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
A MÃO QUE BALANÇA O BERÇO...
O tema da minha última coluna do Expresso insinuava sobre a violência do homem contra a mulher em nossa sociedade. Por que as mulheres sempre apanharam e continuam apanhando (não obstante a lei rigorosa contra esse tipo de crime)? Tudo já se disse a respeito, seja pela opinião do senso comum, seja por intermédio do estudo com cientificidade. O melhor que li foi um capítulo dedicado à agressão em O macaco nu, de Desmond Morris, zoólogo inglês. Não posso repetir aqui o que está na língua do povo ou nos livros. Coerente com uma característica pessoal, prefiro chocar o leitor a bajulá-lo. Desta forma, penso que o machismo seviciador teve e tem seu berço embalado pelas mãos carinhosas daquela que se inscreveu/e forçosamente como vítima. A mulher-mãe cria o corvo que um dia sacará os olhos de uma mulher, até da própria em alguns casos. Condicionadas pela tradição milenar, machocêntrica, nossas bisavós, avós e mães sempre manifestam uma predileção pelos filhos homens. Não raro, os varões saem cedo de casa para trabalhar, estudar ou constituir nova família. Quem acaba cuidando zelosamente da mãe, avó ou bisavó são as filhas. Elas são moldadas para exercer esse papel, poucas vezes reconhecido como merecedor de elogios. A inferioridade feminina é bíblica e chega ao século XXI de uma forma rude, primitiva: machucada pelos bofetões. Aquele que bate ainda se rotula cristão. Hipócrita e prevalecido! Merecia queimar no inferno (se o inferno existisse). Um advogado me assegurou que as mulheres que entram em seu escritório na segunda-feira, geralmente foram agredidas pelos companheiros no fim de semana. A expectativa é que elas descobrirão um novo paradigma para criar seus filhos.
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