sexta-feira, 20 de julho de 2007

AMIGO (É) PARA SEMPRE

A amizade é o sentimento que mais aproxima as pessoas, sem a romantização fantasiosa do amor. Embora a Psicanálise a tenha definido como “o amor inibido no seu objetivo”, difere deste por um acréscimo de “excelência moral”, de caráter (segundo Aristóteles). Afora consangüinidade, leis e interesses, ela consiste no amálgama do grupo formado por indivíduos livres. Entre caçadores pré-históricos, nenhum outro tipo de relação deixaria antever o advento da civilização. Entre orkuteiros do século XXI, constitui o motivo que sustenta a formação da “comunidade virtual”. A propósito, a Internet propicia um “reencontro” entre pessoas afins, separadas pela distância espaço-temporal. Não raras vezes, separações havidas por contingências externas, inexoráveis. No MSN, a retomada do diálogo é feita com a imagem dos interlocutores em tempo real (através da webcan). A tecnologia, depois de provocar um distanciamento nas relações afetivas, agora as reforça. Dessas relações, a amizade transcende a distância e o amor se definha sem o face to face, o contato físico. Nova amizade não substitui a amizade distante, soma-se a esta. O amor distante, geralmente, é trocado por um novo amor. O amor passa (como um temporal), a amizade permanece (céu limpo). Entre os filósofos gregos, coincidentemente, a afeição que nobilitava era a amizade e a cor preferida, o azul-claro. Neste Dia Internacional da Amizade, lembremo-nos de um(a) amigo(a) que está longe, retomando o contato com ele(a). Encontremo-nos com quem está próximo, abraçando-o, convidando-o para uma garrafa de vinho, para um churrasco no fim de semana. Enfim, vivamos a amizade.

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