quarta-feira, 23 de junho de 2021

PANDEMIA: UMA REFLEXÃO

         A COVID ainda causará muito sofrimento no mundo, pela perda de pessoas vitimadas por ela. A existência daqueles que se defrontam com a morte de um parente não é mais a mesma doravante. Certamente, essa constitui a mais dolorosa consequência da pandemia.

          Outras constatações, que são leitura dos fatos, evidenciam-se cada vez mais, à medida que passam os dias. No indivíduo, o âmbito mais restrito, pode-se constatar o medo e a ansiedade. Ainda não é possível saber para que lado ele seguirá, ou para o isolamento em si mesmo, egocêntrico, ou para a alteridade, para uma abertura intersubjetiva.

         No âmbito mais abrangente, o das nações politicamente organizadas, ao mesmo tempo, observa-se o fechamento de fronteiras, por um lado, e a ajuda internacional, por outro. A regra tem sido o isolacionismo, com o fito de evitar o inevitável. A exceção é representada pelos Estados Unidos, com a distribuição gratuita de vacina.

         A pandemia coloca à prova a capacidade do indivíduo de se autocontrolar psicologicamente, sem negar o valor incomensurável da vida. Da mesma forma, testa a globalização, uma superestrutura idealizada por todos, mas que se instabiliza ante os interesses políticos e econômicos de estados nacionais.

           A consequência derivada da dor consiste no aprendizado que todos adquirimos verdadeiramente: a ciência como um bem humano, capaz de mitigar nossos sofrimentos e, principalmente, libertar-nos da ignorância.  

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