O
prazer é o bem supremo, guia incontestável de pensamentos e ações de todo
indivíduo consciente ou inconsciente que integra nossa sociedade.
O (princípio
do) prazer, já escreveu Freud, impele-nos a um único objetivo: o de ficar mais
felizes – com o relaxamento de um estado desagradável de tensão.
As pessoas
amadurecem (em tese), todavia, continuam dominadas pelo Id, instância mental que quer porque quer, deseja pelo próprio
desejo, sem a concorrência da razão. Para maximizar seu hedonismo, tais pessoas
são, cada vez mais, dotadas de um excesso de sensibilidade.
Antes do
ar-condicionado, todos trabalhavam, descansavam e dormiam sem ar-condicionado.
Nesse tempo, havia o ventilador. Mas houve um tempo anterior ao ventilador, e
outro tempo anterior à eletricidade.
Por falta dessas tecnologias, nossos
avoengos não deixaram de viver, mais ou menos felizes. Hoje estamos aqui
graças a esses antepassados bem-sucedidos.
O sucesso deles não se resume à replicação
genética, mas ao desenvolvimento técnico-científico, que levaria à descoberta da
eletricidade, ao fabrico do ventilador e do ar-condicionado.
Aos que ainda
reclamam por mais conforto, por mais direito, gente que se expõe à observação
sem a mínima vergonha, faço um alerta: o Sol aumenta sua atividade, que é de fundir
Hidrogênio. O calor resultante vai de encontro ao hedonismo e à sensibilidade
dos humanos.
Na condição de pensante, sugiro a esses umbiguistas que
passem a se preocupar mais com seus descendentes futuros.
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